Publicado em 12 dez 2025
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por João Prestes •
Os membros do CEIF-FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo Fundo de Financiamento do Centro-Oeste) realizaram a última reunião ordinária do ano na manhã dessa sexta-feira (12), no Escritório de Investimentos do Sicredi, localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Foi uma reunião presencial, mas com algumas participações e acompanhamento no formato virtual. Além das deliberações sobre pedidos de financiamentos e outros itens da pauta, a reunião teve balanço das instituições financeiras que operam com as linhas de crédito do FCO e projeções de recursos disponibilizados para o próximo ano.
Foram aprovadas mais 97 cartas consultas, sendo 81 (R$ 192.422.997,19) na linha FCO Rural e 16 (R$ 64.579.603,15) do FCO Empresarial. Com esses números, o ano fecha com recorde de aprovação de financiamentos pelo FCO em valores: foram 1.339 cartas-consultas que totalizam R$ 2.857.023.966,03, que representa um crescimento de 15% em relação ao total aprovado no ano passado.
O secretário executivo de Desenvolvimento Sustentável da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Rogério Beretta, comemorou o recorde de aprovação de financiamentos, porém considerou 2025 como um ano “bastante atípico” pela preponderância do crédito ao setor rural frente ao empresarial. “Nós sempre trabalhamos para que 50% do recurso seja aplicado na parte do setor empresarial, que contempla o Comércio, a Indústria e os Serviços, e os outros 50% nos empreendimentos rurais. Mas nesse ano a proporção está bem maior para a parte rural”, afirmou.
A linha do FCO Empresarial teve 276 cartas consultas aprovadas pelo CEIF-FCO, somando R$ 720.103.434,01. Enquanto na linha do FCO Rural foram aprovadas 1.063 cartas consultas que totalizam R$ 2.136.920,01, quase o triplo se comparado ao FCO Empresarial. Um dos fatores que pode ter afugentado o empresário urbano do Fundo pode ter sido o aumento das taxas de juros, segundo Beretta.
Para 2026 já foram destinados R$ 3.157 bilhões a Mato Grosso do Sul dentro do FCO, porém esse valor pode chegar a R$ 3,5 bilhões quando houver revisão e redistribuição dos recursos pela Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), o que geralmente ocorre em setembro. “Nós sempre trabalhamos com a média de R$ 2,2 bilhões a R$ 2,5 bilhões e nesse ano vamos chegar perto de R$ 3 bilhões, o que é muito bom para o desenvolvimento do Estado”, ponderou Beretta.
O diretor presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Fernando Nascimento, também participou do encontro. O presidente do banco Sicredi para o Centro-Oeste, Celso Figueira, fez uma fala inicial saudando os membros do Conselho e destacando o papel da instituição financeira no mercado de crédito sobretudo com operações de menor montante. Também participou o coordenador da Sudeco, Jean Fernandes, que anunciou a realização de duas caravanas da Superintendência em Mato Grosso do Sul no próximo ano: nos municípios de Bonito e São Gabriel do Oeste.
Texto: João Prestes
Fotos: Mairinco de Pauda
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMADESC



